Primeiro a tua mão sobre o meu seio. Depois o pé – o meu – sobre o teu pé. Logo o roçar urgente do joelho e o ventre mais à frente na maré.
É a onda do ombro que se instala É a linha do dorso que se inscreve. A mão agora impõe, já não embala mas o beijo é carícia, de tão leve.
O corpo roda: quer mais pele, mais quente. A boca exige: quer mais sal, mais morno. Já não há gesto que se não invente, ímpeto que não ache um abandono.
Então já a maré subiu de vez. É todo o mar que inunda a nossa cama. Afogados de amor e de nudez Somos a maré alta de quem ama.
Por fim o sono calmo, que não é senão ternura, intimidade, enleio: o meu pé descansando no teu pé, a tua mão dormindo no meu seio.
5 comentários:
AMO-TE
...
...
Ninguém duvida disso.
Sem dúvida!
Abraço
Imagem perfeita!
Como a vossa, acredito...
Basium
Lembraram-me:
Primeiro a tua mão sobre o meu seio.
Depois o pé – o meu – sobre o teu pé.
Logo o roçar urgente do joelho
e o ventre mais à frente na maré.
É a onda do ombro que se instala
É a linha do dorso que se inscreve.
A mão agora impõe, já não embala
mas o beijo é carícia, de tão leve.
O corpo roda: quer mais pele, mais quente.
A boca exige: quer mais sal, mais morno.
Já não há gesto que se não invente,
ímpeto que não ache um abandono.
Então já a maré subiu de vez.
É todo o mar que inunda a nossa cama.
Afogados de amor e de nudez
Somos a maré alta de quem ama.
Por fim o sono calmo, que não é
senão ternura, intimidade, enleio:
o meu pé descansando no teu pé,
a tua mão dormindo no meu seio.
Rosa Lobato de Faria
:)
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